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10/08/2011
Verás que a Juventude não Foge à Luta
Quando se fala em saúde, o senso comum imediatamente a associa à doença. No entanto, ter saúde vai muito além da falta de doença. A saúde, segundo a Organização Mundial da Saúde, é um estado completo de bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doenças.
Será possível, da forma que a nossa sociedade vive hoje, ter saúde? Como garantir saúde para a juventude? Para quem cresceu na era neoliberal, a palavra de ordem é o individualismo. Cada um deve ser o melhor, se capacitar, se tornar mais “empregável”: ter muitos anos de estudo, falar vários idiomas, trabalhar muito e estar disponível em tempo integral, sempre que a empresa precisar. Com tanta pressão, resta aos jovens dividir seu tempo entre a carga extensa de trabalho e os estudos. Muitos não resistem e abandonam o ensino. Com a baixa qualificação, sobram as atividades mais precárias, insalubres e de baixa remuneração. Então complementam a renda com horas extras.
Diante desse quadro, é fácil perceber porque a depressão será o mal do século XXI. Depressão e Síndrome do Pânico se tornaram palavras comuns. Somadas às palavras assédio moral fazem a receita dos inúmeros remédios de tarja preta vendidos no país. Hoje se tornou comum ver jovens com menos de 30 anos operando a coluna devido ao excesso de peso que carregam no trabalho. Infelizmente também se tornou comum ver jovens pais e mães que não agüentam segurar seus filhos em função das síndromes do túnel do carpo, tendinite, bursite e outras “ites” que adquiriram produzindo riquezas para os patrões. Quando passam a aumentar o índice de absenteísmo, quando se tornam inúteis para o trabalho, são trocados por outros que chegam com nova disposição para a função. Nesse ritmo, em breve, não haverá mais pessoas em condições de trabalhar.
“A juventude é rica, a juventude é pobre. A juventude sofre e ninguém parece perceber. (...) A juventude está sozinha. Não há ninguém para ajudar a explicar por que é que o mundo é este desastre que aí está”. Renato Russo
Será que o músico estava certo? Não há ninguém para ajudar? Toda a juventude deve ir aos sindicatos, ir às ruas, ir à luta e mostrar que a situação atual é inaceitável! Redução da jornada de trabalho já! Para garantir a saúde prevenindo doenças, garantindo tempo para o lazer, para a família e para praticar esportes. Redução do ritmo intenso e das metas absurdas que enlouquecem a todos. A redução da jornada de trabalho sem redução do salário e a redução do ritmo de trabalho são lutas de todos e todas mas principalmente, são lutas da juventude. Vamos à luta!
Thiara Nascimento
Secretária de Juventude da Confederação Nacional dos Trabalhadores da Alimentação (CONTAC/CUT).
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